segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Narcotraficantes Peruanos Invadem Aréa de Índios Isolados no Brasil


Na sexta-feira 5, funcionários da Funai retomaram uma terra indígena onde vivem índios isolados na fronteira do Acre com o Peru. Eles afirmaram ter encontrado um grupo de traficantes peruanos no local no fim de julho. Na sequência, no dia 30, a Polícia Federal tomou a área e prendeu o traficante português Joaquim Fadista.

“Demos uma batida no entorno, os peruanos estão aqui em volta, bem pertinho. Vimos algumas tocaias que observavam a operação“, afirmou via e-mail direto da base Xinane, Carlos Travassos, Coordenador Geral de Índios Isolados da Funai.

Fortemente armados, relata Travassos, os traficantes montaram uma série de pontos de observação do posto, que havia sido saqueado durante a ausência da equipe da Funai no local. Em razão do risco sob o qual estavam os funcionários da Funai, o governo do Acre enviou, no domingo 7, em medida de urgência, uma equipe do Bope, a tropa de elite da polícia estadual.

Policiais e funcionários da Funai passaram a fazer buscas na floresta pelos traficantes. Em um dos acampamentos foi encontrada uma mochila. Dentro dela, uma ponta de fleche utilizada pelos índios isolados. O vestígio encontrado pela Funai elavanta suspeitas ainda mais graves, de que pode ter ocorrido um genocídio: “Esses caras fizeram correria (como se chamavam as matanças de indígenas na época dos seringais) de índios isolados”, suspeita Travassos. “Decidimos voltar para cá por conta de acreditarmos que esses caras possam estar realizando um massacre contra eles”.

Estão na base Xinane 5 funcionários da Funai. Além do coordenador, acompanha o experiente sertanista da fundação José Carlos Meirelles, que trabalha há tries décadas junto aos índios isolados no Acre. “O fato é que aqui ficaremos até que alguém ache que uma invasão do terrtório brasileiro por um grupo paramilitar peruano, é algo que mereça atenção”, afirma Meirelles.

Márcio Meira, president da Funai, está se dirigindo ao Acre para acompanhar o desenvolvimento da situação. “É preciso que fique claro a presence do Estado brasileiro na área, através dos funcionários da Funai, que estão garantindo a integridade do território e a segurança dos indígenas”

Nos últimos anos, funcionários da Funai, encabecados por Meirelles, tem reiteradamente feitos denuncias públicas das ameaças a que estão expostos os índios que vivem em isolamento voluntário na fronteira do Brasil com o Peru. A maior ameaça até então diagnosticada era da atividade madeireira ilegal, em crescente alta no país vizinho, assim como garimpos de ouro.

A presença de narcotraficantes, comprovada pelas prisões de Fadista, comprova que o corridor de unidades de preservação está efetivamente sendo utilizado como rota de tráfico, uma ameaça ainda mais grave à sobrevivência destes povos.

Dessa vez, o velho sertanista tá maneirando nas críticas, dizendo que a culpa de não se fazer nada lá pelas matas do alto Envira não é dos oito "come e dorme" da Força Nacional (FN) que tão lá na base Xinane, da Frente de Proteção Etnoambiental Envira (FPEE), mas de seus superiores, que não autorizam que eles façam qualquer diligência na mata pra prender os narcotraficantes peruanos que ainda estão por lá.

Nas fronteiras do Brasil, ainda continuam varios problemas de tratados e assim temos que continuarmos de braços cruzados.Ditado popular e agora quem poderá nos defender.






quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PLANO DE SEGURANÇA ENVOLVE BRASIL E COLÔMBIA NA FRONTEIRA

Colômbia e Brasil partilham uma fronteira comum de 1.645 kms com pouca densidade populacional, mas com grande presença de grupos armados ilegais, especialmente da guerrilha e narcotráfico.

Ministro colombiano da Defesa, Rodrigo Rivera, viajou nesta quinta-feira à cidade de Tabatinga, no Brasil, para assinar com o ministro Nelson Jobim, um plano de segurança fronteiriça entre os dois países. A informação é do Governo de Bogotá.

O acordo tem como objetivo "facilitar o nível político e estratégico das relações entre colombianos e brasileiros em matéria de segurança e identificar as atividades ilícitas que implicam riscos e ameaças para a segurança fronteiriça, com o objetivo de ampliar as capacidades e enfrentá-las de maneira conjunta", anunciou o Ministério da Defesa em um comunicado.

A estratégia foi traçada em junho passado durante uma reunião entre Rivera e Jobim em Bogotá e, de acordo com o ministro colombiano, ela foi planejada para enfrentar ameaças como os cultivos ilícitos, a depredação de espécies da fauna e flora, o tráfico e a mineração ilegal.

Para Rivera, informou o Ministério da Defesa, serão colocados em prática mecanismos para propiciar o diálogo, a cooperação e a coordenação, assim como a aplicação de instrumentos internacionais contra o crime entre fronteiras, acrescentou o comunicado.

O acordo prevê ainda "a adoção de mecanismos de cooperação para a proteção e a defesa estratégica dos recursos naturais e da biodiversidade da zona fronteiriça amazônica, assim como a promoção do desenvolvimento social e sustentável".

Participarão ainda da reunião em Tabatinga os vice-presidentes da Colômbia, Angelino Garzón, e do Brasil, Michel Temer, assim como os ministros brasileiros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

Colômbia e Brasil partilham uma fronteira comum de 1.645 kms com pouca densidade populacional, mas com grande presença de grupos armados ilegais, especialmente da guerrilha e narcotráfico, assim como traficantes de armas.