domingo, 26 de fevereiro de 2012

TRÁFICO TEM GRANDE APOIO DA SEITA ISRAELITA EM TRIPLÍCE FRONTEIRA NO ALTO SOLIMÕES

O município peruano de Islândia, na fronteira com Benjamin Constant e Tabatinga, no Alto Solimões, é a base urbana da seita que espera pelo fim do mundo (Antônio Menezes )

A produção da folha de coca pelos membros da seita Associação de Missão Israelita, que vivem concentrados nas margens do rio Javari, na Província Marechal Ramon Castila, no Peru, está abastecendo o Amazonas com cocaína, segundo informações do superintendente da Polícia Federal, delegado Sérgio Fontes. A Polícia Federal e a polícia Peruana têm planos de realizar três operações para tentar erradicar o plantio de coca pelos seguidores da seita.

o superintendente, antes a plantação de coca estava concentrada nos vales andinos, mas agora chegou à Amazônia peruana e está bem perto da fronteira com o Brasil.

Os israelitas são os responsáveis pela maioria da produção da folha de coca na região. Além deles índios peruanos também estão fazendo o cultivo no mesmo local.

Sérgio Fontes informou que há mais de cinco anos os israelitas começaram a cultivar a folha de coca em larga escala. Toda produção é vendida para organizações criminosas peruanas e depois de processar a droga abastece o mercado local. A cocaína entra pelas cidades amazonenses de Tabatinga e Benjamim Constant, na tríplice fronteira.

A estimativa do governo peruano é de que as plantações de coca na fronteira já ocupam uma área estimada entre 5 e 10 mil hectares. Quanto a quantidade de coca que é produzida anualmente pelos israelitas, Sérgio Fontes disse que não tem informações suficientes para estimar.

Agora a informação é de que os israelitas vem aumentando a sua produção a cada ano. Para o superintendente a erradicação definitiva das plantações de coca pela polícia peruana será a solução.

Mas, segundo Fontes não basta apenas erradicar ou reprimir o cultivo da coca pelo israelitas e índios. O governo peruano precisa oferecer outras alternativas como o uso da tecnologia para melhorar a produção agrícola, comprar o que eles produzem de forma que melhore a qualidade de vida deles.

Parceria
O superintendente da Polícia Federal disse que no ano passado, as policiais brasileira e peruana realizaram a operação Trapézio que teve como um dos objetivos a erradicação de cultivos de folha de coca na amazônia peruana. Segundo Sérgio Fontes a previsão é de que seja realizada anualmente três operações semelhante a Trapézio. Para o superintendente a idéia é reprimir a entrada da droga em território brasileiro.

Operação destruiu oito toneladas
O superintendente da Polícia Federal Sérgio Fontes disse que durante a operação Trapézio foram destruídos poças de masseração de folhas de coca que resultariam em aproximadamente 8 toneladas de droga. Foram encontrados, no meio da selva, 30 laboratórios rústicos de produção de pasta base.

Ainda na região foram encontrados insumos para produção da droga como combustíveis, ácidos, cal, tanques utilizados para maceração das folhas de coca e barracas para abrigar os camponeses. Todo o material encontrado foi destruído por meio de incineração e explosivos. A Polícia Federal esteve em um dos locais de plantio de coca e colheu amostras de folhas, solo e água. O material foi levado para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, onde está sendo realizado estudo para determinar qual a variação da planta de coca e se houve manipulação genética para que seu desenvolvimento ocorresse na selva e em baixas altitudes. Os estudos ainda não foram concluídos.

Fim do mundo
Associação de Missão Israelita foi fundada em 1968 por Ezequiel Ataucusi Gamonal. Eles esperam pelo fim do mundo. De acordo com o superintendente da Polícia Federal existem hoje aproximadamente 300 famílias que professar a seita e vivem num estado de pobreza, praticam a agricultura de subsistência.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Isolamento de Etnia Mascho-Piro no Peru Causa Polêmica

Peru quer manter isolamento de indígenas na Amazônia

Fotos de uma família "isolada" de mascho-piro, que vivia na reserva natural de Manu, na província de Madre de Diós causam polêmica.

Autoridades ambientais do Peru pediram para não entrar em contato com indígenas amazônicos isolados uma foto da tribo mascho-piro no sudeste do país, usada por ONG de defesa dos direitos humanos dos indígenas, Survival Internacional.
"Recomendamos não tentar jamais entrar em contato com essas comunidades (isoladas), que se esforçam para ficar afastadas do mundo externo",(Sernanp).
Informou ainda que a pessoa que tentar entrar em contato pode ser portador de "vírus fatais" e afetar os indígenas, que são sensíveis a doenças não existentes nas regiões em que vivem. Além disso, os nativos podem se mostrar hostis.
Huacchillo também recomendou "não deixar alimentos, objetos, roupas de presente, como fazem às vezes moradores da região ou turistas com o objetivo de desenvolver contato com os indígenas isolados".
As fotos,foram tiradas no fim de 2011 por um arqueólogo e uma simpatizante do grupo.
Há um ano, a ONG já havia divulgado fotos de grupos indígenas isolados na mesma região amazônica, mas que habitam o lado brasileiro.
As autoridades peruanas consideram que há cerca de 15 comunidades de indígenas isolados em suas regiões amazônicas. A Survival Internacional, por sua vez, considera a existência de 100 tribos isoladas.